quarta-feira, 17 de outubro de 2007

MANÁ DA SEMANA – A FÉ QUE DEVEMOS CULTIVAR

Mas, quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra? (São Lucas 18.8c)

A pergunta acima está no final de uma parábola dita por Jesus. Nesta parábola, Jesus conta de um juiz que é cobrado incessantemente por uma viúva para que este lhe julgue um caso. Cansado de tanto ser importunado, o juiz decide julgar de vez o caso.
Jesus conclui afirmando que Deus vai socorrer o seu povo, e em breve, porém, quando ele voltar, será que encontrará fé na terra?
Numa sociedade cada vez mais egoísta e individualista, o Filho do Homem vai encontrar fé? Numa igreja cada vez mais egoísta e mercantilista, o Filho do Homem vai encontrar fé? Será que Jesus encontraria fé se, hoje, entrasse pela porta do templo de nossa igreja?
Mas de que fé São Lucas está falando?
É a fé de Isabel a espera de João Batista.
É a fé de Zacarias, confiante no nascimento de João Batista.
É a fé de Maria, assustada com o anjo, mas segura de sua missão.
É a fé de José, íntegro e fiel, a espera do filho amado.
É a fé dos pastores, que deixam os rebanhos para contemplar o infante.
É a fé dos que, no templo, ouviam as palavras de um pequeno garoto de doze anos chamado Jesus.
É a fé de João Batista, seguro de que sua missão era de preceder o Filho do Homem.
É a fé de Simão, que passou de pescador de peixe para pescador de almas.
É a fé de Levi que deixa seu emprego de cobrador de impostos para seguir Jesus.
É a fé do oficial romano que, desesperado, corre a pedir que Jesus cure seu empregado.
É a fé de um garoto com cinco pães e dois peixes que entrega tudo para que Jesus alimente a multidão.
É a fé de Pedro, que confessa Jesus é o Messias que Deus enviou e que também nega, e ao negar, arrepende-se.
É a fé do bom samaritano, que acolhe sem ver a quem, na beira da estrada perigosa.
É a fé do pastor que parte em busca de sua ovelha perdida e, ao encontrá-la, festeja com os amigos.
É a fé do filho pródigo, que erra, perde tudo e volta para os braços do pai.
É a fé do leproso que, ao ser curado junto com outros nove, volta para agradece.
É a fé da mulher com fluxo de sangue, que apenas toca a veste de Jesus e é curada.
É a fé de Zaqueu, que restitui em dobro tudo o que tomou.
É a fé da viúva que importuna o juiz em busca de justiça.
É a fé de Marta que confessa: sim, eu tenho crido que tu és o Cristo!
É a fé de Maria Madelena pela manhã, diante do túmulo vazio.
É a fé dos discípulos a caminho de Emaus, que reconhece Jesus nos gesto de partir o pão.
É a fé de Tomé, que duvida e depois se ajoelha: Senhor meu!
É a fé de Pedro e João na porta do templo, a curar um coxo.
É a fé de um coxo na porta do templo, curado.
É a fé de Saulo, transformado em Paulo, o apóstolo que semeou o Evangelho pelo mundo
É a fé que Deus deu a cada um desses e dá a cada um de nós para que possamos esperar, confiar, partilhar, chorar, rir, agradecer, louvar, arrepender-se, humilhar-se, insistir, confessar, enfim, lutar e viver. Esta é a fé que devemos cultivar, para que experimentemos a vontade plena de Deus.
Quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra? Será que vai encontrar fé na Igreja? Será que vai encontrar fé em nossa casa?

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