Certa vez um soldado disse ao seu tenente: – Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor. Solicito permissão para ir buscá-lo. – Permissão negada! – replicou o oficial. – Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto. O soldado, ignorando a proibição, saiu. Uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo. O oficial ficou furioso: – Já tinha dito que ele estava morto. Agora eu perdi dois homens! Diga-me: valeu a pena trazer um cadáver? E o soldado, moribundo, respondeu: – Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele estava vivo e ainda pôde me dizer: “Tinha certeza que você viria!”
Assim é com Jesus: após todos partirem, Ele aparece. Espera que esgotemos todas as possibilidades de obter prazer de viver e segurança através das pessoas, e, quando estamos sós e desiludidos, Ele surge. Mesmo que corra riscos – e, de fato, correu, pois foi morto por causa desse amor -, vai atrás do amigo extraviado. Jesus é aquele que invade o campo do inimigo para buscar aquele que ama. Quando na Terra, foi à casa de prostitutas e exploradores do povo, andou com gente imunda, curou no dia em que o inimigo dizia que não podia curar, e por fim desceu aos infernos e tirou as chaves do reino das mãos do nosso opositor. Fez barba-cabelo-bigode no dito cujo, tudo por amor aos caídos, aos extraviados, aos que estavam entregues à sua triste sorte.
Alguns, como o oficial ao soldado, tentaram desestimular Jesus a seguir em frente nessa missão de resgate. Lembra de Pedro querendo que Ele pulasse fora de seu destino na cruz? Pois é, mas Jesus não não lhe deu atenção e o cumpriu. E acabou morrendo por isso. Não fosse assim, hoje eu não estaria te escrevendo. E você não estaria me lendo. Para não falar das coisas ótimas que Ele nos conquistou gratuitamente, sem que pagássemos nada.
Coisa de amigo.
Feliz Páscoa a Todos
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