quinta-feira, 9 de novembro de 2006

HAJA O QUE HOUVER, EU SEMPRE ESTAREI A SEU LADO

Na Romênia , um homem dizia sempre a seu filho:
“Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado”.
Houve, nesta época um terremoto de intensidade muito grande, que quase arrasou as construções lá existentes.
Estava nesta hora este homem em uma estrada. Ao ver o ocorrido, correu para casa e Verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho nesta hora estava na escola.
Foi imediatamente para lá. E a encontrou totalmente destruída. Não restou, uma única parede de pé…Tomado de uma enorme tristeza, ficou ali ouvindo, a voz feliz de seu filho e sua promessa. (não cumprida.)”Haja o que houver eu estarei sempre a seu lado.”Seu coração estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição.A Voz de seu filho e sua promessa não cumprida, o dilaceravam.Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diáriamente segurando sua mãozinha.O portão (que não mais existia);Corredor… Olhava as paredes, aquele rostinho confiante;Passava pela sala do 3o. ano, virava o corredor e o olhava ao entrar.Até que resolveu fazer em cima dos escombros, o mesmo trajeto.Portão…Corredor…Virou à direita… e parou em frente ao que deveria ser a porta da sala.Nada! Apenas uma pilha de material destruído.Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe.Olhava tudo desolado…E continuava a ouvir sua promessa:”Haja o que houver, eu sempre estarei com você”.E ele não estava…Começou a cavar com as mãos.Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo:- Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.- Vá para casa.Ao que ele retrucava:- Você vai me ajudar?Mas ninguém o ajudava, e pouco a pouco, todos se afastavam.Chegaram os Policiais , que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida. Haviam outros locais com mais esperança.Mas este homem não esquecia sua promessa ao filho, a única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:- Você vai me ajudar ?Mas eles também o abandonavam.Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa…- Saia daí, não está vendo que não pode ter sobrado ninguém vivo? Você ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram te ajudar pois continuam havendo explosões e incêndios.Ele retucava:- Voce vai me ajudar?- Você está cego pela dor não enxerga mais nada. Ou então é a raiva da desgraça.- Você vai me ajudar?Um a um todos se afastavam…Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos , mas não se afastava dali. 5 h. 10 h. 12 h. 22 h. 24 h. 30 h.Já exausto , dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto.Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu:- Pai… estou aqui!Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:- Você está bem?Estou. Mas com sede, fome e muito medo.- Tem mais alguém com você?Sim, dos 36 da classe, 14 estão comigo. Estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem.Apenas conseguia se ouvir seus gritos de alegria .- Pai , eu falei a eles… Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar.Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora:- Haja o que houver , meu pai, estará sempre a meu lado!- Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco.- Não! Deixe eles saírem primeiro…- Eu sei que haja o que houver…Você estará me esperando!
(Está história é verídica)

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